segunda-feira, 2 de maio de 2011

ALTERAÇÕES DA COMUNICAÇÃO NA DOENÇA DE PARKINSON

Alterações na comunicação

O portador da Doença de Parkinson possui dificuldade para se comunicar devido à rigidez e à diminuição de movimentos dos músculos que controlam os órgãos responsáveis pela voz e pela fala.
A voz pode apresentar-se com intensidade diminuída (voz baixa), rouca e trêmula. A fala pode estar alterada quanto à articulação e ritmo, ou seja, as palavras são produzidas com diminuição na abertura de boca e na movimentação de lábios, língua e bochechas, associado a fala em ritmo mais acelerado, dificultando a sua compreensão.
O rosto demonstra uma expressão facial pobre, mantendo o olhar fixo e a face rígida, interferindo na transmissão das emoções.
Podem ser observadas também dificuldades com relação à compreensão, devido à diminuição da atenção, concentração e memória, assim como dificuldade para a expressão do pensamento através da fala e/ou da escrita.


Alterações na deglutição

Verifica-se no portador da Doença de Parkinson que o tempo de refeição está aumentado, devido à dificuldade na mastigação dos alimentos, acúmulo dos mesmos na boca e na “garganta”, após a deglutição, causando risco de broncoaspiração (entrada de alimento nos pulmões).
Pode-se observar também escape de saliva ou alimento pelos cantos da boca, presença de tosse e engasgos durante a refeição, ao tomar líquidos e medicamentos, assim como com a própria saliva.


Algumas orientações e cuidados para o portador da DP:

Ø  Massagear, sempre que possível, o rosto, o pescoço e os ombros.
Ø  Mover a cabeça, lentamente, para baixo e para cima, virar para a direita e para a esquerda, rodar para um lado e para o outro.
Ø  Elevar e abaixar os ombros, rodar para frente e para trás.
Ø  Enrugar e soltar a testa, aproximar e afastar as sobrancelhas, enrugar e soltar o nariz, sorrir e fazer um bico com os lábios fechados, fazer o mesmo com os lábios afastados.
Ø  Abrir a boca e movimentar a língua para fora e para dentro, para um lado e para o outro, para cima e para baixo.
Ø  Procurar aumentar o tom de voz, quando perceber que não está sendo ouvido.
Ø  Falar mais devagar, articulando bem as palavras.
Ø  Exagerar a articulação das vogais, abrindo mais a boca.
Ø  Ler em voz alta, rezar, cantar, conversar.
Ø  Manter a cabeça erguida e as costas retas, enquanto fala.
Ø  Realizar leitura silenciosa, procurando compreender e memorizar o que está lendo.
Ø  Escrever, digitar, fazer cálculos mentais/palavras cruzadas, costurar, desenhar, tocar instrumento, ou seja, continuar fazendo atividades que o agradem.
Ø  Fazer as refeições sentado, atento e desperto.
Ø  Mastigar bem os alimentos antes de degluti-los.
Ø  Preferir alimentos mais úmidos.
Ø  Tomar comprimidos com suco grosso, se não houver contra-indicações, ou triturá-los.


Especialmente para os familiares/cuidadores:

Ø  Procurar não pedir, constantemente, que repita o que falou ou que fale mais alto, reclamando que a voz é baixa.
Ø  Respeitar o tempo que necessita para executar as tarefas solicitadas.
Ø  Auxiliar na realização dos exercícios estimulando e elogiando, sempre que possível.
Ø  Informar-se sobre as fases da doença e procurar o auxílio profissional.



Fga. Maria de Lourdes Monteiro Baptista de Souza




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